Mural do Largo das Ameias com QR Code que explica a lenda da “Batalha da Cobra”
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O novo mural do artista plástico Mário Belém, criado na fachada situada no cruzamento da Avenida Fernão de Magalhães com a Rua da Sota e a Rua Adelino Veiga, no Largo das Ameias, dispõe, desde ontem, dia 16 de julho, de um QR Code para os apreciadores poderem descobrir um pouco mais da lenda que serviu de inspiração para a criação, a “Batalha da Cobra”, que conta a história da fundação da cidade. A obra encomendada pela Câmara Municipal de Coimbra, teve o apoio de vário comerciantes locais, e pretende contribuir para a revivificação da Baixa da cidade.
O mural, instalado no Largo das Ameias, tem 13 metros de largura por 7,5 metros de altura, e é da autoria do artista Mário Belém. A criação é inspirada na lenda da “Batalha de Cobra”, de origem incerta e com várias versões, que narra a história de um cavaleiro apaixonado por uma princesa, que enfrenta uma serpente ameaçadora chamada Coluber. Ao vencer o monstro, o cavaleiro conquista o direito a casar com a princesa, e no local da batalha nasce a povoação de Columber Briga, que mais tarde daria origem a Coimbra.
A obra mostra um cavaleiro levando o seu cavalo, sobre o qual está o corpo da serpente gigante que acaba de ser abatida na batalha. Fica subentendido que o cavaleiro está a fazer a viagem de regresso ao castelo da sua amada, para pedir a sua mão em casamento. A partir da ponta da serpente, nasce um floreado (alusivo aos floreados dos manuscritos iluminados) que simboliza a explosão de cor e vida inerente à fundação de Coimbra como cidade.
As personagens deslocam-se ao longo da margem do rio Mondego e, ao fundo, na margem oposta, podemos ver a silhueta de Coimbra dos dias de hoje. O céu é de pôr de sol, representando assim o belo dia que está por nascer amanhã. O cavaleiro está vestido com uma malha e colete, mas tem uns calções e sapatilhas contemporâneos. Sobre o cavalo podemos ver alguns objetos, uma lança de torneio medieval, uma espada, uma chaleira, uma lanterna (para lhe iluminar o caminho) e um telefone antigo (que reforça o conceito de um relato que é passado de boca em boca, a tal ponto que já nem sabemos qual a sua origem).
O mural dispõe agora, desde ontem, de um QR Code que possibilita aos interessados saberem mais pormenores sobre a lenda da “Batalha da Cobra”.
Esta intervenção, que se insere na intervenção de revivificação da Baixa, soma-se a outras obras de arte urbana que pretendem valorizar a identidade e a memória de Coimbra, reforçando o seu posicionamento cultural e turístico. O projeto mereceu parecer favorável da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, por se localizar em Zona Especial de Proteção da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia, classificada como Património Mundial da UNESCO.
Créditos fotográficos: Câmara Municipal de Coimbra | Tiago Costa
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